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Angola tem a tarifa de eletricidade mais baixa da SADC mesmo com a subida de preços

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As tarifas da água e da eletricidade em Angola vão aumentar 30% e 11,5%, respetivamente, segundo a nova tabela aprovada pelo Instituto Regulador dos Serviços de Água e Eletricidade (IRSEA), que entra em vigor no próximo mês.

Com esse novo tarifário, o IRSEA exemplifica que uma familia na categoria Doméstica Social, com a potência contratada de 1,3 KVA que pagava uma média de 291,88 kwanzas, passará a pagar Kz 379,68, enquanto na categoria Doméstica Monofásica, com a potência contratada de 6,6 KVA, que pagava 9 120,22, val desembolsar 13 516,16 kwanzas.

Apesar dessa medida, o Executivo informou que Angola ainda continua a ser um dos paises com a tarifa de electricidade mais baixas de África, com um preço médio de Kz 11,1 por kWh.

A equipa do Verifica.ao investigou os factos e confirma que esta informação é verdadeira.

O que verificámos?

Segundo dados da Autoridade Reguladora de Energia do Malawi (MERA) e da Associação Lusófona de Energias Renováveis (ALER), é possível confirmar que Angola apresenta, de facto, a tarifa de eletricidade mais baixa entre os países da SADC, no período entre 2023 e 2025.

A tabela seguinte resume as tarifas médias de eletricidade (em cêntimos de dólar por quilowatt-hora – USc/kWh) na região, com base em dados divulgados em novembro de 2023, pela MERA:

País Tarifa Média (USc/kWh)
Angola 2,952
Zâmbia 7,000
Lesoto 7,769
Zimbábue 8,095
RDC 8,372
África do Sul 9,565
Malawi 10,220
Botswana 10,431
Tanzânia 10,539
Maurícia 12,918
Moçambique 13,087
Eswatini 13,616
Madagáscar 15,360
Namíbia 15,375
Seicheles 27,123

Angola lidera com uma tarifa de apenas 2,952 USc/kWh, bastante inferior à média regional.

Contexto dos aumentos anunciados em Angola

O Instituto Regulador dos Serviços de Água e Eletricidade (IRSEA) aprovou recentemente uma nova tabela tarifária que prevê aumentos de:

  • 30% na tarifa de água

  • 11,5% na tarifa de eletricidade

As novas tarifas entram em vigor já no próximo mês, segundo comunicado oficial do governo.

Apesar destes reajustes, Angola continua com preços energéticos altamente subsidiados, o que, por um lado, mantém a eletricidade acessível à população, mas também representa desafios para a sustentabilidade financeira do sector energético, especialmente face à necessidade de modernização das infraestruturas e aumento da capacidade de produção.

Comparações internacionais relevantes

Conclusão

A informação de que Angola tem a tarifa de eletricidade mais baixa da região da SADC é verdadeira. Os dados oficiais de fontes credíveis como a MERA e a ALER corroboram esta afirmação.

No entanto, é importante lembrar que tarifas muito baixas podem ser reflexo de fortes subsídios governamentais e podem impactar a capacidade de investimento no sector, comprometendo a qualidade e a expansão do serviço.

O Verifica.ao reforça o compromisso de combater a desinformação e garantir o acesso da população a dados precisos e verificados.

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