O TikTok é a rede social com mais desinformação, com uma em cada cinco publicações a conterem informação incorreta ou enganadora, concluiu um estudo da ONG Science Feedback.
O TikTok (20%) mostra a maior prevalência de desinformação agregada nos quatro idiomas analisados no estudo, indicando que cerca de uma em cada cinco publicações contêm informação falsa ou enganadora.
Depois do TikTok, segue-se o Facebook (13%) e a rede social X (11%), enquanto o Instagram e o YouTube apresentam índices de desinformação que rodam os 8%.
O Linkedln regista a menor prevalência, com apenas 2% de conteúdo desinformativo analisado, sugerindo que a exposição à desinformação nesta plataforma é limitada.
“Na maioria das plataformas, as contas que compartilharem repetidamente informações incorretas recebem significativamente mais interações por publicação e por cada 1.000 seguidores do que as contas de alta credibilidade”, lê-se no estudo.
Os atores de desinformação mantêm presenças ativas em vários serviços, com maior atração relativa pelo X e Facebook, uma vez que o Instagram e o Linkedln são comparativamente mais favoráveis a atores de alta credibilidade.
No YouTube, as contas de baixa credibilidade obtêm em média oito vezes mais interações por publicação e por cada 1.000 seguidores do que as contas de alta credibilidade.
No Facebook a diferença é sete vezes mais, cerca de cinco no Instagram e X e duas no TikTok.
Neste sentido, “atores de baixa credibilidade são mais propensos do que atores de alta credibilidade a serem ativos no X e no Facebook. O YouTube mostra paridade e o Instagram e o Linkedln são comparativamente menos atraentes” para atores desinformativos.
O estudo refere ainda que a prevalência de um baixo índice de desinformação no Linkedln demonstra que as escolhas de produtos e políticas são importantes, dado que as plataformas podem projetar sistemas que não recompensem o conteúdo enganador com visibilidade adicional.
Nos casos em que os atores de desinformação saem beneficiados, os autores do estudo alertam que o DSA (Regulamento dos Serviços Digitais) aborda a supervisão das plataformas e o acesso à pesquisa.
A Science Feedback é uma organização sem fins lucrativos dedicada à educação científica.
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